Hoje, dia 02 de Junho, vemos novamente a região da Paulista na cidade de São Paulo, lotada pela comunidade LGBT para grande Parada do Orgulho Gay. Por incrível que pareça, reunimos uma multidão para que se possa dizer que temos orgulho de sermos Gays, Lésbicas, Bissexuais ou Travestis, mas até agora não vejo em que.
Conseguimos que a comunidade LGBT seja reconhecida em toda a esfera nacional, porém tal direito se conseguiu ferindo a própria Constituição Nacional. No artigo 5º da Constituição Nacional é reconhecido a todo cidadão brasileiro igualdade perante a Lei, tal igualdade é derrubada a partir do momento em que se lutou para ter direitos próprios não respeitando os demais.
Quero deixar bem claro que não sou nenhum homofóbico ou coisa parecida, mas creio que devamos defender os direitos por igual. Acho muito bonito e uma ótima demonstração de afeto, ver casais andando de mãos dadas, abraçados, mas não precisávamos criar nenhuma lei, para que a própria lei se cumprisse.
Os propósitos da Comunidade, bem como os princípios da Organização da Parada estão sendo deturpadas. Primeiramente o foco era demonstrar a Sociedade e até mesmo a própria Humanidade, que homossexualismo não é nenhuma doença, ou um vírus, mas sim o sentimento mútuo entre duas pessoas do mesmo sexo; entretanto deixou-se de lado este propósito e com o passar dos eventos ela passou a vincular a promiscuidade ou até mesmo o lado mal do ser humano. Ora a humanidade nem sempre precisou dos Gays ou Lésbicas para fazer ou demonstrar sua promiscuidade. Outro princípio que a organização pregava era o auxílio as pessoas portadoras do vírus HIV ou até mesmo que precisassem de algum auxílio, pois a homossexualidade apresentasse a diversas esferas da sociedade, contudo isso é pouco divulgado e propagado pela própria Gestão Organizadora da Parada do Orgulho Gay.
Vi em diversas redes sociais e até mesmo em diversos sites, pessoas comentando que hoje foi um dia de liberdade, de se mostrar a sociedade de dizermos que somos, porém discordo e explico o porquê. Primeiro ser gay, lésbica, travesti ou qualquer outra coisa, não define sua capacidade de raciocínio, seu caráter, ou qualifica a sua capacidade, muito menos determina o quanto deixa de ser parte de uma comunidade. Devemos deixar de lado este tal Marcos Feliciano que se acha acima da lei e por uma postura equivocada de sua religiosidade, tenta combater os princípios Ético e Morais da Comissão dos Direitos Humanos - creio veementemente que nossa Presidente da República fez uma escolha errada, porém quem em seu percurso da vida não o faz.
Deixemos de lado os fatos e boatos e digamos que temos orgulho sim, de sermos seres humanos, dotados de capacidade de raciocínio, força de vontade, inteligentes suficientemente para modificar nossas condições e não por que somos gays ou qualquer outra coisa. Minha sexualidade deve estar restrita apenas a mim e ao meu companheiro ou companheira e isso não me definirá.
Luto por fazer uma humanidade mais apaziguadora e uma sociedade acolhedora as diferenças, mas para isso é preciso pensar em si como ser humano, olhar que nossa sociedade está voltada em dogmatismos arcaicos que serão quebradas, contudo devemos fazê-la não a base de imposição e sim da informação e do esclarecimento, da convivência pacífica.
Lembremos que tudo que foi feito a força só gerou eras de sofrimentos e diga sim que tem orgulho, de ser a pessoa maravilhosa que é.
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