Estamos as vésperas das eleições e a
cada dois anos ouvimos balelas que ainda corrompem ingênuos corações
eleitorais. Poderia de fato ser uma verdade se não houvesse
contrapesos nesta informação. O povo brasileiro sabe de suas
necessidades, tanto individual, como coletiva, mas, coloca na
penumbra o social. Vejo pessoas de bem se venderem como se nada
tivesse acontecendo em sua volta, ou então, fingindo-se de morto,
para receber louros infames. Ouso até pessoas saírem em defesa de
grupos minorizados como verdadeiros salvas-pátrias, onde seus
dilemas tornaram-se escadas para a chegada ao poder.
Poder é uma coisa fétida da qual o
ser humano não tem controle, e a mínima parte que conseguem
controlar, creem se tornar divindades ou controladores de vontades.
Lutamos para sermos livres e não
dependermos de ninguém. Fingimos criar bases e alicerces para uma
democracia, que imposta gera direitos a poucos e deveres para muitos.
Nossas vidas perderam-se em estúpidas paradas e marchas infantes.
Sonhar é algo que me é permitido e
que se submete unicamente a minha vontade. Não sou capaz de dizer a
outrem o que deve ansiar ou querer, mas posso ser um mediador,
usurpador ou influenciador de sonhos, e é nestes pontos que a
política brasileira vem se apoiando. Criar apologias e falsas
expectativas deveriam ser crimes e passíveis de morte.
Há alguns anos leis que deveriam
combater os tais “bons políticos” com a Lei da Ficha Limpa, mas
o que se observa são candidatos tão limpos como um pombal, usando
nossos sonhos para atingirem seus ideais. Contudo o povo brasileiro
não intervêm a tal insanidade e se veste de asininidade e deixa-se
comandar por pseudos-loucos. E há a quem culpar? Claro que sim, a
culpa é daqueles a quem damos a maior alforria com o título
eleitoral.
Percebo que a campanha eleitora mais
parece um concurso público, cuja avaliação está em nossas mãos.
Talvez não sejamos bons avaliadores, já que a maioria da população
não pensa no bem comum e sim em seu bem-estar. Ao passo que para os
candidatos vale tudo para ganhar este emprego público, acharcar,
avacalhar, denegrir, usar de falso testemunho, são as armas
utilizadas para este ingresso no maior cargo público.
Faz anos que vejo pessoas indo às ruas reivindicando direitos, mas quando é a hora de mostrar sua verdadeira vontade, ela permanece escondida.
Não podemos dizer que somos vítimas,
mas causadores de nossa própria dor, vendedores de nossa vontade e
sonhos ao diabo em troca de míseros favores ou vantagens.
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