quinta-feira, 21 de agosto de 2014

As Nuvens

Hoje o dia está cinza. Poderia dizer cinza, pois irá chover, ou então cinza por estar frio, mas não. Hoje o dia está cinza. Digo isso, pois a tristeza bateu as portas do meu coração, tentou se alojar de um jeito ladino, como um amor bandido. Entristeci. A humanidade que por mim adquirida foi subtraída aos poucos e aos poucos cessada em estágio final. O pulsante parou como o Zero Absoluto que com superior destreza ali se implantou. O mundo acinzentou, tirou a alegria das cores que um dia meu arco-íris regou; a maldade venceu como um comunista-nazista que apenas pensa em limpar o mundo com pensamentos egoístas.
Vejo o Sol, apenas como um Satélite que esquenta a Terra, objeto sem força e sem cor. Sente o terror de ver as pessoas amadas transgredir a moralidade e amorosidade só para o bem de seu favor. Meu coração petrificou. Pela necessidade de perceber ou mesmo aprender que carinho se foi, o amor despencou, a felicidade se desperdiçou.
Hoje está cinza, não por um céu nublado ou um dia frio, mas pela falta de nobreza que a Humanidade impôs. Meu coração congelou pelo icerberg da feiura que ajuntou-se com amargura e do dia tirou a cor.
Hoje o dia nublou. Nublou e não choveu, e meu coração de tristeza chorou. Chorou e chorou por uma dor que não viveu, por aquela flor que não floresceu, por uma Humanidade que se perdeu. Hoje o dia só acinzentou e por tanta coisa ruim sobreviveu, desejando o calor de um Sol que não nasceu.
O Sol não nasceu, mas mandou a beleza da Lua, clara, branda e nua como emissária de ternura, para bálsamo em minha alma adormecer.

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