Ao abrir os olhos percebi que o mundo
era feito de cores vibrantes, aqueles que fazem nossos olhos
brilharem. Via que tudo era reluzente de um amarelo vibrante, um
laranja quente, tons de azuis radiantes e verdes cheios de
esperanças. Tudo tinha um rubor em que faces se enchiam de sangue,
pelas horas a fio em que se corria para brincar.
A beleza estava no arco-íris da
doçura, em que poucas vezes a tristeza tinha vez. O lilás
reconfortante era berço da aurora de um novo amanhecer, e para
embalar os sonhos existia o brilho alvo do luar.
Tudo era perfeito, de uma simplicidade
secular, que os afagos serviam de bálsamos para a dor sanar.
Mas esta era passou. Ficou para trás
a pandeguic e se deu em seu lugar um duro pesar. O amargo do doce se
tornou em um doce penar, em que toda alma deve passar.
Hoje ao abrir os olhos, os brilhos se
foram e o opaco tomou o tom. Em que vermelhos brilhantes se tornaram
puros carmesins. Os azuis empalideceram e o Sol que antes era radioso
se tornou esqualido e tedioso, donde os laranjas queimavam os verdes
antes primaveril.
Meu mundo agora era fosco, de uma pena
dolorosa. Uma alegria prestimosa via o princípio do fim. Sabia que
muito se havia passado, pelos cantos desgastados de um retrato
antigo.
Saudades daquele tempo em que as cores
vibravam, chegou a hora em que os tons se asseveraram.
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