
O
que curia um curiador?
Ele
curia, mas não cura dor
Curia
para ser sabedor,
No
entanto ficou com fama
De
um grande comentador.
Dessa
fama desonrosa,
Não
quis saber o curiador.
Foi-se
mundo afora,
Tendo
na vida de agora
Uma
viola e um caderno anotador.
Já
que sua sina era ser curiador,
Voou
na vida sem temor
De
dor e vida eterna,
Um
pouco de tudo curiou.
Sua
curia ficou sincera
E
na hora mais deserta
Moda
na sua viola cantou
E
o mundo ganhou,
E
um pouco mais quis saber
Que
de nobreza se intitulou.
Assim
se fez na história,
Porém
tudo no caderno anotador ficou.
Sua
vida ficou enferma,
Contudo
da Medicina não curiou,
Apenas
procurou um bom doutor;
A
quem contou sua vida de curiador.
O
doutor entusiasmado,
Um
bom remédio receitou,
E
aquele que curiava,
Tornou-se
um observador.
A
viola não tanto tocava,
E
e no caderno tudo anotava
A
tudo que observara.
Então
o observador,
De
sua janela reparou,
Que
uma pequena ave,
De
plumagem negra
E
peito castor;
Para
ele sempre olhou.
Com
mil maravilhas brilhosas,
E
vendo a vida indo embora,
Ao
pequenino tudo contou.
A
ave trigueira e olhadeira,
Tudo
ouviu com louvor.
O
observador com saudades da curia,
Uma
última moda entoou.
Sua
platéia era pequena,
De
uma única ave trigueira,
Até
que a ceifadora chegou.
Em
sua gratidão lisonjeira,
A
pequena ave trigueira,
As
curias do observador cantou.
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