quinta-feira, 24 de julho de 2014

E a saúde infartou!

Esta deveria ser a notícia desta ultima quarta-feira (23/07/14). A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo fechou as portas por graves crises financeiras, ou seja infartou. Não é a primeira vez que isto acontece ou é noticiado. Lá pelo fim de abril, inicio de maio deste ano ela havia dado o sinal de colapso. Mas espera e cadê o médico? Era apenas uma virose, nada grave, isso acontece com todos; foi o que ele disse. Uma dipirona – 40 gotas a cada oito horas, pra dor e febre quando tiver –, e amoxicilina – um comprimido a cada seis horas durante uma semana, foi o que receitou o doutor. A dor no peito não é nada pra se preocupar é por causa da virose ele disse sem examinar. E assim o placebo funcionou, até que infartou.
A população brasileira está cansada de ouvir a cada quatro anos candidatos à presidência, senadores, deputados, governadores, vereadores e prefeitos promessas infindadas de que isto ou aquilo precisam ser feitos para melhorar a saúde. Apenas o que precisam ser feito, mas pra que fazer? Estas melhorias requerem tempo, dinheiro, esforço e boa vontade, muita boa vontade; porém isso cansa e posso deixar para o outro.
Aí você que precisa de hospitais, postos de saúde ou centros especializados de saúde pública pensa: o que fazer? Quais atitudes esse governantes, administradores da saúde pública devem tomar? A resposta não serão quarenta gotas de dipirona ou paracetamol, muito menos aqueles comprimidos de amoxicilina para virose.
Os brasileiros são vendáveis, se preocupam com banalidades e futilidades. Não sou uma pessoa velha, mas convivo e convivi com pessoas bem velhas, que sofreram com a Ditadura e com as grandes inflações; no entanto algo eles tem de comum: a observação. Já ouvi grandes pensadores dizerem que precisamos discutir política. Não os podres da política, mas o que é necessário para se aplicar uma boa política. A população brasileira ainda se ilude com belas palavras e falsos moralismo. Não avaliam com prudência os fatos que os cercam. Se agarram a falsos assistencialismo, que são garantidores de votos.
A situação da Santa Casa de Misericóridia de São Paulo, não é algo que acontece apenas em São Paulo, ela está presente no Brasil inteiro. E de quem é a culpa? Não é da estrela, do tucano, do liberal, do democrata, do ambientalista, do socialista ou republicano. Esta é a culpa do povo que não tem capacidade de avaliação e escolhe despreparados para nos representarem.
Acusar movimentos partidários é fácil, mas reconhecer o próprio erro é difícil. Erramos e isso nos causa dor. Dores que causam mortes, dores que dificultam a assistência a vida.

Agora o médico que errou depois de meses viu que não era uma virose diagnosticou o infarto. O paciente por sua vez sofreu uma intervenção imediata, contudo só isso não é necessário. Ele terá que ser reavaliado, fará uma dieta para não morrer e assim para mais vidas não se perder.

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