Esta deveria ser a notícia desta
ultima quarta-feira (23/07/14). A Santa Casa de Misericórdia de São
Paulo fechou as portas por graves crises financeiras, ou seja
infartou. Não é a primeira vez que isto acontece ou é noticiado.
Lá pelo fim de abril, inicio de maio deste ano ela havia dado o
sinal de colapso. Mas espera e cadê o médico? Era apenas uma
virose, nada grave, isso acontece com todos; foi o que ele disse. Uma
dipirona – 40 gotas a cada oito horas, pra dor e febre quando tiver
–, e amoxicilina – um comprimido a cada seis horas durante uma
semana, foi o que receitou o doutor. A dor no peito não é nada pra
se preocupar é por causa da virose ele disse sem examinar. E assim o
placebo funcionou, até que infartou.
A população brasileira está
cansada de ouvir a cada quatro anos candidatos à presidência,
senadores, deputados, governadores, vereadores e prefeitos promessas
infindadas de que isto ou aquilo precisam ser feitos para melhorar a
saúde. Apenas o que precisam ser feito, mas pra que fazer? Estas
melhorias requerem tempo, dinheiro, esforço e boa vontade, muita boa
vontade; porém isso cansa e posso deixar para o outro.
Aí você que precisa de hospitais,
postos de saúde ou centros especializados de saúde pública pensa:
o que fazer? Quais atitudes esse governantes, administradores da
saúde pública devem tomar? A resposta não serão quarenta gotas de
dipirona ou paracetamol, muito menos aqueles comprimidos de
amoxicilina para virose.
Os brasileiros são vendáveis, se
preocupam com banalidades e futilidades. Não sou uma pessoa velha,
mas convivo e convivi com pessoas bem velhas, que sofreram com a
Ditadura e com as grandes inflações; no entanto algo eles tem de
comum: a observação. Já ouvi grandes pensadores dizerem que
precisamos discutir política. Não os podres da política, mas o que
é necessário para se aplicar uma boa política. A população
brasileira ainda se ilude com belas palavras e falsos moralismo. Não
avaliam com prudência os fatos que os cercam. Se agarram a falsos
assistencialismo, que são garantidores de votos.
A situação da Santa Casa de
Misericóridia de São Paulo, não é algo que acontece apenas em São
Paulo, ela está presente no Brasil inteiro. E de quem é a culpa?
Não é da estrela, do tucano, do liberal, do democrata, do
ambientalista, do socialista ou republicano. Esta é a culpa do povo
que não tem capacidade de avaliação e escolhe despreparados para
nos representarem.
Acusar movimentos partidários é
fácil, mas reconhecer o próprio erro é difícil. Erramos e isso
nos causa dor. Dores que causam mortes, dores que dificultam a
assistência a vida.
Agora o médico que errou depois de
meses viu que não era uma virose diagnosticou o infarto. O paciente
por sua vez sofreu uma intervenção imediata, contudo só isso não
é necessário. Ele terá que ser reavaliado, fará uma dieta para
não morrer e assim para mais vidas não se perder.
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